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Ministro de Bolsonaro, Ricardo Salles terá sigilo bancário quebrado

O patrimônio do Ministro passou de R$ 1,4 milhão a R$ 8,8 milhões entre 2012 e 2018

A Justiça de São Paulo autorizou nesta sexta-feira a quebra dos sigilos fiscal e bancário do ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles . Ele é suspeito de enriquecimento ilícito. O pedido foi feito pelo Ministério Público de São Paulo (MP-SP).

O MP abriu inquérito para investigar Salles em agosto, e tentava a quebra de sigilo bancário do ministro desde então. A investigação começou após a empresa SPPatrim Administração e Participações fazer uma representação apontando para a evolução do patrimônio do ministro.

Entre 2012 e 2018, o patrimônio de Salles declarado à Receita Federal passou de R$ 1,4 milhão a R$ 8,8 milhões. Na maior parte desse período, ele ocupou cargos no governo de São Paulo.

Em 2012, deixou de exercer o ofício de advogado quando se candidatou a vereador em São Paulo. No ano seguinte, foi nomeado como secretário do então governador Geraldo Alckmin (PSDB), com um salário de R$ 16.868.

Entre julho de 2016 e agosto de 2017, Salles trabalhou como secretário do Meio Ambiente, cujo salário era de R$ 18.413. A informação é do documento elaborado pela promotoria paulista.

O Ministério Público vê como “imprescindível o acesso aos dados bancários e fiscais do investigado Ricardo de Aquino Salles, sobretudo para aferir suas efetivas e reais movimentações financeiras para elucidar o objeto”, segundo escreveu o promotor Ricardo Manuel Castro em seu pedido ao Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo.

O ministro informou ao GLOBO que todos seus rendimentos e bens foram declarados à Receita Federal e que não teme as investigações:

— Não tenho nenhum receio acerca da análise dos dados — diz Salles.

Por Gustavo Schmitt e Guilherme Caetano (O Globo)

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