Bolsonaro autoriza reajuste de 33,24% aos professores, mas congela verba do Fundeb
Prefeitos e Governadores vão que encontrar uma saída, se não quiserem serem vítimas de protestos de educadores
Colocar culpa em prefeitos e governadores é uma especialidade do presidente Jair Bolsonaro. Acostumado a escrachar professores da rede pública de ensino, inclusive chamando-os de maconheiros, militantes, ativistas partidários e de esquerdistas, cortando verbas da educação para tentar atrapalhar o trabalho dos educadores, agora virou o paladino educativo, autorizando 33,24% de reajuste salarial aos professores, após passar quase 3 anos sem reajustar, sem dar o aumento na verba do Fundeb, o que pode atrapalhar muitos gestores, inclusive de municípios que não arrecadam impostos. O objetivo de Bolsonaro é colocar a culpa em prefeitos e governadores, com o discurso que ele já fez sua parte.
Antes de tomar qualquer atitude, é necessário que gestores, sejam eles municipal ou estadual, façam os cálculos, revejam a possibilidade de reajustar sem ultrapassar o teto de gasto, para que no futuro não tenha que ver suas contas reprovadas e ainda ser obrigados a devolver verba pública.
As Câmaras Municipais ou as Assembleias Legislativas, precisam aprovar o projeto de lei, que garantirá o reajuste. É neste caso, que professores precisam conhecer um pouco de gestão, dominar os cálculos sobre o Fundeb e pararem de fazer papel de atores para suprir as necessidades de sindicatos, que estão mais preocupados com o tamanho da cota que caberá a instituição, que com o bem estar dos professores!
É claro que professores precisam serem bem pagos, assim como médicos e enfermeiros, mas no Brasil, essa mordomias ainda cabe aos bolsos de políticos, juízes e desembargadores, que além de seus gordos salários, trabalhando quase nada por dia, recebem muitos penduricalhos, alguns até maiores que o salário de um professor.
Tudo isso só mudará quando professor votar em professor, médico votar em médico, motorista votar em motorista e trabalhador braçal votar em trabalhador braçal. Enquanto o brasileiro votar por indicação, nada mudará neste país. Na Câmara e Senado temos bancada evangélica, bancada da bala, bancada do agronegócio, mas não temos bancada da educação e muito menos da saúde ou do trabalho braçal.
É hora de refletir, reconhecer o potencial de gente que passa pelos mesmos problemas que o nosso. Filho de rico eleito, não vai sentir o que nós sentimos, isso é a mais pura verdade. Quem nunca passou fome, não sabe o quanto a fome dói…